A calvície é mais comum em homens, e ocasionalmente surge em jovens a partir de 18 anos. Ocorre em decorrëncia de herança genética, e normalmente acomete apenas a região frontal do couro cabeludo.
Não só fatores genéticos, como também presença de seborréia, excesso de oleosidade, estresse, tabagismo e má alimentação agravam ou precipitam a alopecia androgënica (masculina).
Os cabelos da região temporal, que serão transplantados para a região frontal, são resistentes e as células dos folículos pilosos são programadas para crescer indefinidamente. São células que apresentam resistência aos hormönios masculinos, e por isto nunca caem.
Na cirurgia de implante capilar, retira-se um fuso de pele da região temporal do couro cabeludo. Neste local ficará escondida uma cicatriz linear de tamanho variável. Deste fuso, procede-se a separação dos folículos pilosos que serão reimplantados na área calva. Antigamente se usava uma técnica que transplantava tufos de cabelos, com várias raízes juntas, o que ocasionava um aspecto artificial de “cabelo de boneca”. Hoje as técnicas foram aprimoradas e transplanta-se apenas de 1 a 3 fios por unidade. Por se tratar de tecido do próprio paciente, não ocorre rejeição aos transplantes.
Pacientes com calvície muito ampla não são bons candidatos ao transplante, pois a área doadora temporal é insuficiente para preencher grandes áreas de alopécia.
Normalmente é possível transplantar de 3.000 a 5.000 fios numa única operação. Poderá haver necessidade de complementação do transplante capilar em outras sessões, dependendo da extensão da área calva, e do resultado pretendido (densidade capilar do couro cabeludo).
No pós-operatório o paciente é informado do surgimento de crostas sobre os fios transplantados. Estas crostas cairão, juntamente com o cabelo que acompanhou a raiz, no período de uma a duas semanas. A raiz que ficou irá dar origem ao novo fio que iniciará seu crescimento ao final do 3 mês. O resultado, portanto, será tardio, e não deve haver ansiedade.